Olá galera do desespero!
Vou fazer uma retrospectiva do meu 2013, com resumos de todos os eventos relevantes que joguei e irei falar um pouco mais do Pro Tour Theros (Dublin), já que não fiz report dele.
Estarei editanto conforme eu encontrar algum errinho qualquer, espero que gostem.
*** Versão Resumida
2 Pro Tours Jogados -> 1 Top75 ($) ; 1 Day 2
5 GPs Jogados -> 1 Win ; 3 Day 2 ; 1 Nada
4 PTQs IRL Jogados -> Perdi uma Win-In ; 3 Nadas
1 WMCQ Jogado -> Top8
3 MOCs Jogados -> 1 Top32 ; 1 Top64 ; 1 Nada
*** Versão Longa
Como podem ver na minha retrospectiva de 2012 (Minha Retrospectiva de 2012 (Inglês)), meu ano acabou bem complicado porém comecei dando a volta por cima já em Janeiro.
*** Primeira Temporada
** Season Modern
Modern é o formato em que eu tenho mais conhecimento e experiência, apesar de não ser o que mais jogo atualmente. Pude jogar 3 PTQs Online nesta season :
– 25/12/12 : 5-4
– 05/01/13 : 1-3 drop
– 12/01/13 : 8-1 no Suiço e derrota no Top8
Joguei de Jund em todos eles e nos torneios de Janeiro eu tive o privilégio de jogar com listas diretamente tunadas pelo maior craque do Modern Mundial : Willy Edel
Fui mal no primeiro PTQ de Janeiro mas a lista dele acabou vencendo o torneio e o PTQ do dia 12 marcou o dia em que voltei a fazer um bom resultado. Foi frustrante perder no Top8, ainda mais contra um adversário que eu tinha vencido no suiço e um match que eu me considerava favorito mas já foi gratificante se sentir competitivo novamente.
O Problema da temporada Modern era que eu não tinha acesso as cartas nem IRL e nem no MTGO então eu simplesmente não pude mais jogar nenhum PTQ.
** MOCS Seasons 1 até 4
A primeira temporada do ano foi a mais movimentada já que a Promo do mês era Force of Will (a carta mais cara do MTGO). Apesar de ter conseguido vaga para jogar as Preliminares eu não tinha um deck Legacy então fiquei de fora.
Na segunda temporada eu pude entrar em uma Preliminar jogando de Naya Humans, deck que foi utilizado pela maioria dos Braileiros no PT Montreal :
(Já com algumas modificações)
Eu não gostava do meu matchup somente contra Rg Aggro e após perder para 2 deles estava eliminado.
Na season 3,que era Selado de RTR/GTC, eu também parei na Preliminar com um 2-2 e na Season 4 acabei nem jogando.
**GP Rio de Janeiro
Aqui o ponto principal do começo do ano. O tão esperado GP no nosso pais.
Este GP certamente conta com a maior história de desespero e sucesso de toda minha história no Magic e que eu contei com detalhes em meu report aqui (Português) :
Report GP Rio Parte 1
Report GP Rio Parte 2
Report GP Rio Parte 3
Temos dois videos meus jogando neste GP :
Partida do Top8
Partida do Top4
O desespero aqui foi enorme, contando com os planos iniciais de uma casa de treino indo para os ares após meu carro ser roubado e em seguida por um erro dos correios eu fiquei sem deck para jogar o PTQ Modern que seria realizado na semana anterior ao GP no mesmo Rio de Janeiro. Eu realmente cogitei por alguns momentos nem comparecer ao GP mas no fim tudo na base da magia e desespero acabou se juntando até o fato de eu por algum motivo achar que não consegueria fechar o Naya Midrange que eu estava treinando nas últimas semanas para embarcar na véspera no Aristocrats do Rorix e do Shooter. Com toda essa magia veio o Trial e em seguida o GP.
Novamente agradeço a todos que participaram e comemoraram comigo! Sei que muitos vão se lembrar do GP Rio de 2013 por causa do calor excessivo, ou dos problemas alheios da região mas vai demorar para eu achar (se é que vou achar) um torneio tão especial para mim como este.
Com os 8 Pontos do GP Rio eu chegava a 16 Pro Points na temporada (Tutu s2) e com isso eu tinha uma chance (mesmo que remota) de alcançar o Gold em San Diego (precisava deu um Top16). Eu já estava muito feliz só de chegar lá nessa situação e com o Silver alcançado eu teria Bye2 por mais de um ano (até Agosto de 2014) o que é bem difícil de se conseguir com a quantidade de torneios que jogo IRL.
*Vlw Tutu 🙂
*** Segunda Temporada
Logo em Abril tivemos as notícias sobre as mudanças no Pro Player’s Club e com o meu recente Status alcançado eu teria vaga para o próximo Pro Tour em que eu estivesse sem vaga. Ou seja, eu poderia ainda jogar os PTQs para Dublin e caso vencesse um, passaria a vaga para Valencia e assim por diante! Mesmo sendo um invite sem a passagem eu fiquei muito contente em garantir já mais um Pro Tour antes mesmo de jogar San Diego.
** Season Standard
Era Aristocrats
Com os PTQs para Dublin e o WMCQ para Amsterdam sendo Standard, eu começaria a Season já tendo um deck definido. Sim, eu iria jogar de Aristocrats até rotacionar o formato. Meus resultados:
– WMCQ São Paulo : 7-0-2 no Suiço, derrota no Top8
– PTQ São Paulo : 5-3, após perder a possível win-id no Round 7
– PTQ Rio de Janeiro : 1-4
/Utilizei algo bem próximo disso nestes eventos, sei que tinha um Dead Weight em algum lugar e com certeza tinha tanto o Boros Charm como o Return no WMCQ Paulistano, provavelmente só o Boros Charm, se tanto, nos outros
Ao abrir 7-0 no WMCQ Paulistano eu chegava à incrível marca de 20-3 jogando de Aristocrats! Com uma premiação de 130 Boosters para o primeiro colocado do suiço eu cogitei nem dar ID. Porém é melhor garantir o ID e o Top8 na oitava rodada e ver o que aconteceria na nona. De qualquer forma, mesmo com um segundo ID passei em primeiro e apesar de ter perdido no Top8 após uma porção de mulligans eu não posso reclamar de sair do torneio com tantos boosters! Infelizmente era a única chance que eu teria de jogar um WMCQ nesta temporada e o sonho de jogar na seleção brasileira teria que ser adiado. Eu já com a viagem de San Diego marcada e possivelmente Dublin eu não poderia me dar ao luxo de viajar para todos PTQs nacionais.
De Interessante no PTQ Carioca o baixo número de jogadores, desde 2001 eu não jogava um PTQ de 6 rodadas e mesmo assim após abrir 1-0 eu perdi 4 seguidas, sim, eu não dropei, tentei recuperar minha honra após o 1-2 e me afundei mais ainda 😦
Final da Season
Após voltar da viagem de San Diego ainda joguei 3 PTQs Online :
– Standard de Naya Midrange : 1-2 Drop
– Standard de Jund : 6-3, 33º Lugar
– Selado de Modern Masters : 2-2 Drop
Com o Aristocrats sem força alguma após a entrada de Dragon’s Maze me aventurei com outros decks em 2 PTQs Online mas sem sucesso. Cheguei a estar 6-1 após abrir 0-1 de Jund mas perdi as partidas decisivas e acabei fora até do Top32.
** Pro Tour Dragon’s Maze in San Diego
Meu report completo em Português pode ser lido aqui :
Report PT Dragon’s Maze – Parte 1
Report PT Dragon’s Maze – Parte 2
Contamos com esta galera de Brasileiros para treinar para este Pro Tour :
– Willy “#Edelgenius” Edel
– Artur “Tutuzim” Villela
– Celso “Tonhão” Godoy
– Enzo “SURREAL” Faleiro
– Marcos Paulo “Obama” de Freita
– José Francisco “Zeh Dantas/Mr Silva/etc” Dantas M. Da Silva
Além do apoio tático de nosso repórter : Pedro ‘Toninho’ Pedrosa. Que mesmo sem vaga participou da viagem.
Acabamos com o desfalque do Pedro ‘Rorix’ Carvalho na semana anterior à viagem 😦 *pelos motivos que todos já sabem*
Eu resolvi fazer uma viagem de 3 semanas aproveitando o GP da semana anterior e o da semana posterior ao Pro Tour
* GP Portland
Apenas o parceiro Tutuzim não fez essa perna da viagem! Todos que compareceram optaram pelo simples : Jogar com o mesmo deck da Temporada Modern que havia acabado a menos de 2 meses atrás. Esse era o problema de ter um GP Constructed em um formato diferente uma semana antes do Pro Tour. Ninguém treinando para o Pro Tour teria tempo para fazer algo muito diferente.
Eu e o Edel jogamos com a seguinte lista :
Posso dizer que foi a única vez em que um dos gênios do Modern não foi perfeito ao prever o metagame e eu boto toda a culpa disso no fato de todos estarmos mais preocupados em jogar Block e Draft. A sacada de usar Blood Baron of Vizkopa no Modern eu achei genial, não era o momento mas quem sabe jajá é a hora?
Eu tinha 2 byes para o torneio, isso somente por que eu ganhei o GP Rio, se eu tivesse uma vitória a menos durante o final de semana eu teria apenas um bye. O que mostra talvez alguma falha no sistema de Byes por Planeswalker Poins/Pro Points? Vencer um GP não é o suficiente para se ter 3 Byes em seu próximo GP mas vencer um PTQ te deixa na beira do terceiro bye já com dois garantidos?
Enfim, eu consegui fechar o primeiro dia com um 7-2 após enfrentar uma sequência de matchups complicados. Achei que joguei muito bem durante o dia e estava contente em passar para o day 2. Apenas o Obama também passou.
Já no segundo dia o meu jogo caiu e muito. Fiz 1-3 e estava eliminado pela disputa do dinheiro mas não era hora de se lamentar e voltar a pensar no Block e no Draft do Pro Tour.
Uma pena jogar um GP em um dos meus formatos favoritos sem poder estar devidamente treinado e focado. Espero uma nova oportunidade de jogar um GP Modern.
** PARTIU SAN DIEGO
A gente ficou hospedado ao lado do local do Evento em um excelente hotel! Repletos de Baldes de Prata para levar gelo, lustres e tudo mais. O que facilitou nossas discussões e jogos de Block foi o fato de estarmos todos no mesmo hotel e nos dias em que o Obama e o Celsão estavam em outro local, eles passavam o dia INTEIRO ao nosso lado.
Foi difícil achar algo e após muitos jogos no Magic Online e tentar as mais diversas listas o parceiro Edel mandou mais de umas suas genialidades para dois 4-0s Seguidos em Daily Events e com esta lista todos nós, menos o Enzo que jogou de Esper, jogamos :
A gente considerava que Esper era o melhor deck do formato seguido pelo Mono Red e que ambos seriam os decks mais jogados.
O que aconteceu foi que Esper foi muito mais jogado do que a gente esperava e outros decks de Revelation logo atrás com o Mono Red sendo bem menos jogado.
Eu não me sentia nada confortável com o draft. Eu tentei diversos drafts na casa mas não consegui obter sucesso algum e estava totalmente perdido no formato.
Consegui um 3-3 no Draft. 2-1 no meu primeiro Draft que era “OK” se a manabase funcionasse e um 1-2 no segundo que era uma pilha de cartas. Em Seattle eu sai decepcionado com um 3-3 por que eu estava draftando bem o formato, já em San Diego eu sai aliviado com o 3-3 já que podia ter sido muito pior.
Com o 7-3 no Bloco e o 3-3 no Draft eu consegui pela primeira vez fechar um Pro Tour no money. Mesmo tendo passado longe do Top16 que me levaria ao Gold, eu fiquei muito feliz de ter premiado no Pro Tour. A parte negativa foi mais ninguém da galera ter premiado. Apenas 3 de nós fizemos day2.
*GP Guadalajara
Apenas o Edel do Team roUrix iria para Guadalajara, aonde iriamos nos juntar ao PV e ao Surreal Mister Ferry. Quase nenhum Pro Player fez viagem e salvo algum engano tivemos ZERO americanos em Guadalajara.
Após tentar fazer o velho Aristocrats funcionar e falhar e sem a confiança de jogar de Auras (lista seria a mesma que o PV utilizou), resolvi usar a mesma estratégia e ir de #Edelgenius
De acordo com os scouts, os decks mais jogados seriam : Mono Red Aggro, Jund Midrange e Junk Reanimator. E enfrentei estes decks em 10 das 12 rodadas mas mesmo assim falhei ao chegar ao menos no money. Eu podia até empatar na última rodada mas o emparceiramento não foi feito no sistema 1×2, 3×4, 5×6 …. e acabei sendo emparcerado com um dos dois jogadores, dentre 12, que não podiam empatar. O mesmo bug foi o que permitiu que o Edel ganhasse tantas posições e entrasse no Top8, então é isso ae!
** MOCS Seasons 5 até 8
Acabei nem jogando as Preliminares das Seasons 5 e 6.
Já na Season 7 já me valendo dos 10 pontos adicionais por ser Silver, eu me classifiquei diretamente para a final que era Selado do Bloco completo de Return to Ravnica! Porém meu selado era péssimo e optei por dropar sem nem ter jogado, já que tinha um aniversário de um grande amigo para ir.
A Season 8 era Modern e eu novamente me classifiquei direto para a final. Joguei de BG Midrange sem splashes, que era a nova sensação entre as variantes de “Jund”, comecei 0-1 e cheguei a estar 4-1 até perder de virada para o eventual campeão do torneio, prolepsis, jogando de Melira, que sempre foi e sempre será meu nêmesis do formato enquanto eu jogar de BGx Midrange. Acabei com um 5-3 que me colocou apenas no Top64 dentre 204 jogadores devido aos meus péssimos milésimos.
*** Terceira Temporada
Chegamos agora para a temporada que é sempre a mais tenebrosa para mim.
Para começar o desespero era hora de se despedir da minha carta mais querida : Falkenrath Aristocrat
Joguei dois torneios Standard em setembro e o que joguei com a Falkenrath acabei vencendo levando um playmat e duas Booster Box de Dragon’s Maze com essa beleza aqui :
Até demorei muito para voltar ao bonde do Aristocrats após o lançamento do Xathrid Necromancer mas pude aproveitar um bocado no MTGO, que seria a melhor parte do meu segundo semestre.
Meu report deste torneio pode ser lido aqui : O Último Desespero
** Pro Tour Theros em Dublin
Após muito procurar e considerar o que fazer, resolvi comprar a passagem e ir jogar o Pro Tour. Eu sabia que seria caro mas eu não queria desperdiçar uma chance de jogar o Pro Tour, a gente nunca sabe quando irá jogar outro.
Resolvi também aproveitar e jogar o GP Oklahoma City na semana anterior ao PT. Eu sei que muitos poderiam considerar que jogar o GP atrapalha nos treinamentos mas nesse caso ao contrário de Portland, antes do Pro Tour San Diego, que foi Modern e nada a ver com o Pro Tour, a gente teria um GP Limited no mesmo formato do Pro Tour. Antes do Pro Tour Seattle eu senti que o GP San Jose, mesmo sendo trios, me ajudou muito a entender o Limited da edição e eu estava procurando por toda ajuda que pudesse encontrar para obter um bom resultado em Dublin.
* GP Oklahoma City
Nesta viagem apenas o Edel dentre os classificados ao Pro Tour iria também e teriamos a companhia do Surreal Mister Ferry.
Os dias que se antecederam ao GP foram bem corridos com muito treino no Standard com o Edel e o Rorix, porém sem ter alguma conclusão muito forte a não ser esperar e ver o que aconteceria no segundo SCG Open no formato.
Já no Limited antes do GP eu tinha apenas 2 Selados (um no Pre-Release) e um Draft. Esse foi meu selado no torneio :
*Ou Algo muito parecido com isso, acabei jogando de GW splash B
Apesar de não ter muita expectativa e enfrentar 4 adversários com Elspeth, 3 com Dragões e afins, acabei 7-2 após 2 byes. De muito legal o fato de eu ser chamado duas vezes ao feature match, uma delas no video quando fui destruido rapidamente contra o Shuhei Nakamura e depois quando venci o Brock Parker.
Eu iria precisar de um 4-2 ou talvez um 3-2-1 no segundo dia para chegar ao dinheiro e este foi meu primeiro draft :
Eu achei que podia fazer um 2-1 tranquilo com este draft mas acabei perdendo para um oponente que tinha Reaper of the Wilds, Whip of Erebos e Xenagos mas não para nenhuma das raras e sim para o topdeck de Mogis Marauder nos dois games que perdi e em seguida perdi para um GW muito agressivo que não me deixou entrar no jogo.
Abrindo 1-2 eu sabia que provavelmente iria precisar de um 3-0 no segundo draft, algo que eu só fiz UMA vez na minha vida, então acabei draftando essa pilha :
Ainda montei errado e pós-side eu estava tirando esse splash sem sentido. Consegui ganhar os dois primeiros rounds de forma bem suada, sempre 2-1 no desespero e ainda estava em condição de empatar na última rodada, meu oponente também poderia empatar mas ele declinou minha oferta e quis jogar. Acabei perdendo de 2 a 1 após perder por 2 turnos o land drop da vitória (era o oitavo land para um Boulderfall). Pela segunda vez consecutiva em 2013 eu estava por 1 ponto da premiação mas meus oponentes não quiseram o empate e eu fiquei fora do money.
Apesar de sair sem o resultado eu já me sentia mais confortável com o Draft de Theros e foi legal ter aparecido no coverage em um GP Americano. Voltando pouco tempo atrás, apesar de estar sempre próximo do topo no GP São Paulo de 2012, eu só fui parar no feature nas últimas rodadas e inclusive quando citavam os jogadores brigando pelo Top8 eles diziam que não havia ninguém com Top8 de GP, ignorando meu Top8 antigo de Curitiba. Então aparecer no feature foi bem positivo para mim e me dava moral principalmente uma vitória.
Zé Dantas sendo punido pelo Japa
Dublin Time
Esses eram os Brasileiros classificados :
Alexandre ‘Ale’ Conrado
João Claudio ‘da Pochete’ Souza
Pedro ‘Rorix’ Carvalho
Thiago ‘Mineiro’ Silva de Oliveira
Victor ‘Pelezinho/Bastard’ Fernando Silva
Willy Edel
Também iriamos ter a companhia dos parceiros de Portugal :
Carlos Duarte
Marcio Carvalho
Narciso ‘Truelove’ Ferreira
Rodrigo Borba
O primeiro impacto ao chegar na Irlanda foi o funcionário da Alfândega dizer que era jogador de Magic e dizer que tinha intenção de comparar ao Pro Tour para assistir! Em seguida o bom taxista com seu sotaque MUITO carregado que era bem difícil de se entender.
Na logística a gente ia ter um problema dessa vez, apesar do resto da galera estar a pouco mais de 1 quilômetro do hotel em que Eu, Rorix e Edel iriamos ficar, o frio dificultava a locomoção e a gente basicamente não teve muita conversa ou treino junto.
Desespero da véspera, o que fazer nesse Standard?
Seguimos tentando as mais diversas estratégias. O deck que a gente mais tinha trabalhado era um Rw Aggro, só que a gente sabia que ele não era muito bom. As tentativas de Naya e Junk Midrange também fracassaram e a gente estava sem rumo. Chegamos a trabalhar bastante em listas de Green Aggro, com Boon Satyr, Polukranos e amigos, com ou sem algum splash mas também não conseguimos chegar em nada que a gente se sentisse confortável.
Na véspera do Pro Tour muitos dos classificados estavam com suas contas falsas jogando as mais diversas queues no Magic Online, então o Mono Blue Devotion não era uma novidade para nós e enfrentamos e até tentarmos fazer funcionar o RB Aggro que o time do Ari LAx jogou. Mas nos faltava tempo e mais braços para tentar as mais diversas alternativas.
*S2 Jonais e Enzo que emprestaram mtas cartas!
Acabamos tirando NENHUM momento para passear pela cidade, era o tempo todo jogando e o deck que eu mais conseguia vitórias no treino era um Esper Control, lista parecida com a que o Calcano utilizou para fazer Top8 no primeiro SCG Open do formato mas a gente sabia que não tinhamos condições nem de jogar o PT com ela e muito menos montar uma lista boa do deck. Mais desespero ainda é que eu iria precisar correr atrás de cartas para jogar.
Na véspera do torneio o Edel teve mais uma idéia genial, Bg Midrange, ele rapidamente fez X-0 com a lista no MTGO e estava decidido. Eu tentei jogar com a lista, parecia ótima, por que não tentar? Após sair 1-6 das queues eu estava novamente perdido e as 4h30 da manhã, véspera do Pro Tour eu decidi ir com a mesma lista do Rorix, que a gente sabia que não era o melhor que a gente podia montar, mas todo o resto falhou miseravelmente em nossas mãos.
Registrei a seguinte lista :
*Sim, eu bani o deck de minha memória
Com tanto tempo gasto no Standard a gente não pode fazer nem de perto a quantidade de drafts que a gente fez em Seattle e dessa vez sem nem um draft ao vivo como em San Diego. Mesmo assim eu achei que tinha algum entendimento do formato e poderia tentar passar do meu 3-3 padrão e alcançar um 4-2, o problema seria fechar as vitórias sem sono, confiança e sem um deck forte.
Pro Tour Day 1
Com pouco mais de 2 horas de sono, acordei não me sentindo muito bem, tentei comer algo, um Monster e eu ainda precisava correr atrás de cartas.
* Draft
Este era meu Primeiro Pod :
e este meu primeiro Draft :
Meu deck ficou bom mas eu sai do draft achando que eu poderia ter feito melhor ainda já que eu achei que poderia pegar na volta um Pharika’s Mender e um dos dois Commune with Gods. De interessante este Arbor Colossus foi meu TERCEIRO pick do PRIMEIRO Booster. O rapaz na minha direita abriu um Ashiok e não quis pegar o Colossus, agora eu não sei o que que foi pego em cima do Colossus pelo cidadão que estava a dois posições na minha direita (o mesmo ao chegar na mesa não havia entregue sua lista nem se quer escrito ela, pois não sabia que era preciso entregar no primeiro round!)
Acabei fechando a mesa enfrentando o compatriota João da Pochete na primeira rodada e o Brad Nelson na segunda. Acabei perdendo só um game, o que eu floodei, com o deck e de tanto desespero eu emergia do Draft com um 3-0. Apenas a segunda vez que fecho uma mesa de draft e a primeira vez no Pro Tour.
* Standard
Após o Draft estes foram meus resultados no Standard :
R4 : Junk Midrange 1-2
R5 : UW 2-1
R6 : Mono Blue Devotion 1-2
R7 : RG Devotion 2-0
R8 : GW 2-1
O parceiro de Junk, em sua primeira viagem de avião, me derrotou no primeiro game após eu travar em terrenos e eu tomar dois Golgari Charms no primeiro game! No jogo final eu precisava de um quarto terreno ou de uma das minhas cartas brancas do side que eliminariam o Loxodon Smiter dele com Unflinching Courage. Mas não deu. Os dois games que perdi para o Mono Blue estavam nas mãos de “Eu tenho Chained to the Rocks para o Master dele?”, eu não tinha e perdi. Por outro lado meu side fantástico rodou muito bem e eu venci de virada o GW. No mais eu me senti muito underpowered, o UW mesmo tinha um side tão forte contra Vermelho que ainda não sei como escapei da partida com a vitória.
Após todo desespero fechei o dia 6-2, minha melhor marca em um primeiro dia de Pro Tour. Apenas o Edel (5-3) e o Rorix (4-4) também passram ao Day 2.
* Pro Tour Day 2
* Draft
Devidamente alimentado e com mais de oito horas de sono, eu sabia que precisava de pelo menos mais 4 vitórias para entra no Money e este era o objetivo!
Esta minha mesa do segundo draft :
Essa mesa era bem difícil e eu até brinquei que se me oferecessem 4 pontos para eu nem jogar o draft eu aceitaria instantaneamente. Porém sem essa opção eu ia ter que fazer meu melhor para escapar com alguns pontos dali.
Este foi meu draft :
Comecei o draft com Reaper of the Wilds e Pharika’s Mender, mas o verde sumiu e eu parti para um BR Agressivo, não tinha a convicção de estar montando corretamente mas eu tentei ser bem agressivo na build, por isso optando por drops mais baixos e tentar finalizar com alguma criatura vermelha com um Cavern Lampad.
Eu acabei perdendo as 3 rodadas de 2 a 1 para Jacob Van Lunen, Antoine Ruel e William Jensen. O Van Lunen tinha um Spear of Heliod que eu não tinha como derrotar, ele castou o Spear em dois dos três jogos e é isso. O Ruel tinha um deck repleto de Staunch-Hearted Warriors e eu só com uma remoção que custasse menos do que 5. Perdi no dado e em dois jogos ele estava com o Warrior cheio de marcadores quando desvirei com minhas remoções de 5 manas na mão. Agora contra o Jensen eu deveria ter ganho, eu tinha a vitória certa no terceiro game, mas cometi um erro, ele devolveu o erro e eu cravei mais um e acabei perdendo uma partida ganha, tudo isso em um turno.
Se no dia anterior tive meu primeiro 3-0, foi a vez de ter meu primeiro 0-3 em um draft.
Dei uma volta pela rua, passei na lojinha, comi, tomei água, tomei um Monster e tentei relaxar. Um 4-1 no Standard me botaria no dinheiro, mesma situação de San Diego!
* Standard
R12 : UWR Midrange (?) 1-2
R13 : Jund Midrange 1-2
O terceiro game contra o UWR foi bem chato, eu tinha 2 Peak Eruption em minha mão e meu oponente travou em 2 terrenos por um turno mas eu mesmo keepando 2 lands não tive o terceiro terreno e ele comprou o terceiro terreno e com a sequência de Anger of the Gods (após 2 Frostburn Weird) e Master of the Waves me tiraram da partida.
Já eliminado era hora de dropar, uma forma triste de fechar o Pro Tour com um 0-5 no segundo dia 😦 no dia seguinte pude ao menos conhecer a fábrica da Guinness.
** Season Limited
Pude jogar apenas 2 PTQs IRL : São Paulo e Rio de Janeiro. Além de 3 PTQs Online!
Eu não abri nenhuma pool boa em nenhum dos PTQs Online e algo que eles tinham em comum? Todos deram crash quando eu já estava bem eliminado.
Esta era minha pool do PTQ Carioca :
A pool era boa mas muito difícil de montar. Passei todo tempo permitido tentando as mais diversas combinações e acabei optando por um BW sem splashes. Infelizmente não passei de um 0-2.
E esta foi a minha pool do PTQ Paulistano :
Esta já não era uma pool boa. Eu tentei fazer um RB mais sinérgico, tentar ter um bom early game e fechar com o “combo” Purphoros + Akroan Horse. Mas provavelmente eu devia ter feito um Polukranos+22nadas.dec. Ainda assim eu abri 3-0, perdi duas seguidas mas fechei 5-2. E aqui se encerrava minhas chances de chegar ao Pro Tour Valencia. Isso também encerrou meu ano sem nenhum Top8 em PTQ IRL, apenas com o Top8 do PTQ Modern de Janeiro no MTGO salvando.
** MOCS Seasons 9 até 12 e Player of the Year
Eu não consegui passar das Preliminares da Season 9 e nem se quer joguei elas na Season 10 já que a Final seria no mesmo dia do PT Dublin.
Acabei ficando de fora da Season 11 por 4 QPs e sem poder jogar as Preliminares já que seriam no no mesmo final de semana do GP Santiago.
E a Season 12? Bom, nessa eu tinha meus 35 QPs mas foi justamente nessa season que aconteceu a fase negra do Magic Online, sem Daily nem Premier Evens. A Final da Season 12 ainda vai rolar, agora já em 2014.
O MOCS do Player of the Year foi no mesmo final de semana do PTQ Carioca já para Atlanta. Eu levei meu notebook para o caso de ir mal no PTQ IRL poder jogar de lá. Eu até estava bem confiante em meu deck mas não passei de um 1-2 no PTQ após enfrentar 3 matchups que não esperava (Naya Control, Jund Midrange e Bant Fog) e parti para o desespero da Internet para jogar o MOCS. Após muito sufoco eu fechei 5-2, o suficiente para um Top32 mas bem longe do Top8.
*Os 4 Mutavaults não aparecem na screen
** GP Santiago
Meu quinto e último GP no ano seria aqui na América do Sul. Eu ainda estava (e estou por acaso) na missão de premiar em um GP fora do Brasil e o fato do formato ser o mesmo do Pro Tour Dublin seria de grande ajuda.
Eu comecei tentando novamente o Bg Midrange do Edel mas fracassei. Em seguida fui testando os decks que sairam mais fortes do Pro Tour : Mono Black Devotion e Mono Blue Devotion mas acabei falhando miseravelmente com ambos.
Na tentativa de achar algo diferente passei a jogar com a versão de UB Control, baseada no UB que o Shouta Yasooka utilizou no Pro Tour com as atualizações do Juliano Gennari :
Sendo uma lista bem mais para frente do que a original.
Além dele eu comecei a tentar o Rw Devotion versão adaptada do L1X0 e do Edel :
Que era basicamente uma versão de Rw Devotion sem o foco nas “god draws” já que não temos Burning-Tree Emissary na lista e apenas 1 Nykthos, com 2 Mutavaults como terrenos.
Eu tive um sucesso razoável com ambos, premiando basicamente em todos eventos que joguei então optei pelo UB já que eu acreditei em um fator rogue maior para me dar vantagem e achei que estava enfrentando mais matchups relevantes quando jogava com ele do que com o Rw.
No fim Eu, Juliano e Bolovo, jogando com as mesmas 75, não passamos de um 6-3. Todos nós perdemos valendo o day2 mas não posso dizer que tudo foi negativo no GP. Eu apareci novamente no feature match e tive até uma matéria comigo :
Entrevista com Jose Francisco Silva!!!
Só acho que deviam trocar o “South American” para Brasil já que eu não consigo ir bem quando saio do pais =( Basicamente o Corinthians dos anos 2000 (bom, o Corinthians quebrou a maldição recentemente, quem sabe eu não tenho sucesso também em um futuro próximo???).
Algo marcante deste GP foi a busca incessante na véspera pelos Sensory Deprivation que NINGUÉM tinha e a gente não achava nem por decreto. Isso até de madrugada quando o parceiro Alonso surgiu com mais uma caixa de cartas e a gente encontrou todos Deprivations do mundo 🙂 A gente já tinha revistado mais de 14 caixas achando as mais diversas Raras e Mythics e nada desta comum hehe Foi um excelente trabalho em equipe!
Este foi o único GP no ano em que eu não fiz day2, sendo que o GP Rio foi o único que premiei. É, eu não tenho do que reclamar 😀
Devo agradecer e muito aos parceiros Alonso e Pintacso pela hospedagem em Santiago, facilitaram e muito tanto para mim como para o Rorix, Batutinha e Izuke! E claro, sem os bons sites do MBC e a promoção relâmpago de 50 Dólares ida/volta que o parceiro Enzo achou, eu nem se quer teria viajado 🙂
Espero voltar para Santiago no próximo GP e dessa vez vou tentar ficar uns dias a mais para poder passear. Eu não me arrependo de não ter passeado tanto em minhas viagens, já que meu foco antes do torneio sempre é o torneio! Quem sabe na próxima?
* Dias Negros do MTGO
Para finalizar meu ano, fui forçado a ficar um mês sem Magic Online no periodo em que os Eventos estavam fora do ar. Como citei na temporada dos PTQs Limited, muitos PTQs acabaram crashando e após um MOCS passar pelo mesmo destino os manda-chuvas do jogo acabaram optando por “tirar o jogo do ar” por uns tempos.
Eu cheguei a escrever a respeito disso aqui : Random Words (Inglês)
** Conclusão e bora 2014
Já estamos a todo vapor na Season de PTQs Standard para Atlanta, inclusive já citei que joguei, e fui mal, no PTQ Carioca. Ao menos tivemos a volta dos torneios do Magic Online e tanto o MOCS da Season 12 de 2013 como da 1 de 2014 vão acontecer com atraso mas vão!
O ano pode ter terminado de forma melancólica porém eu não posso reclamar. Eu tive um ano fantástico, joguei 2 Pro Tours, venci um GP, terminei a season 12/13 do Pro Player’s Club com 21 QPs que me renderam o Silver level.
Eu sinceramente não sei se um dia vou conseguir chegar perto de fazer uma temporada tão boa e eu só posso agradecer por isso.
Também conheci ao vivo pessoas fantásticas e me aproximei de outras durante o ano. Todas viagens vão ser lembradas com carinho na memória.
Não sei como vai ser meu 2014 agora, ainda preciso me decidir entre viajar para todos PTQs ou começar a deixar o competitivo mais de lado, afinal eu completo 30 anos em Maio e talvez seja a hora de partir para outra.
Agradeço a todos meus amigos que me apoiaram, ajudaram, emprestaram cartas e estiveram do meu lado, vocês sim vão ser sempre lembrados com muito carinho. E se existir alguém que esteja torcendo contra, um abraço para vocês também, que Deus abençoe a todos nós.
Sigo precisando melhorar meu Limited e agora que temos duas Seasons Limited no ano eu vou precisar me esforçar mais se eu pretendo me manter ao menos competitivo. Se eu optar por jogar mais PTQs (apenas 4 em um ano é pouco, mesmo considerando que eu não podia jogar o PTQ Modern Paulista, 5 não é muito), que eu consiga me classificar novamente ao Pro Tour e que se eu chegar, tudo que eu quero é voltar ao Money, ter uma atuação de respeito e me recuperar do meu péssimo dia 2 em Dublin. Se pudesse escolher um torneio para jogar, que seja o World Magic Cup!
E o principal, que o Brasil volte a brilhar no Pro Tour, que o Brasil ganhe a Magic Cup e todos GPs por aqui 🙂
Valeu galera do desespero e até a próxima!